E que fiz, hum?
Pois que quase consegui derreter um pulso no duche. Demorei demasiado tempo por lá e a estúpida canalização do “quente” embora não se visse por fora, deve ter ficado incandescente por dentro. E toca de escaldar o pulso em 0,001 secs. Doeu, que doeu. Fiquei desonrientada com a dor. Atrapalhada. Toca de sair às tantas da noite e procurar farmácias de serviço para reparar o dano. Não resultou. Queimadura de 555º grau, para aí, caiu a pele, está em carne viva. Já tive que voltar à farmácia mais duas vezes para novo curativo. Ando com uma coisa que mais parece que vou agora mesmo jogar ténis. Dói que se farta. Mas eu até relevava isto tudo e fingia que não era nada comigo se não fosse ouvir a enfermeira-farmacêutica dizer:
- Ah! Isso é que não, praia nem pensar, que isso é uma ferida aberta e pode infectar. Desde a areia, à água do mar... é tudo péssimo... aliás tudo o que possa conter bactérias... tem que ter cuidado agora... a não ser que isole isso tudo muito bem em papel celofane daquele de cozinha...
(mas que diabo, está uma pessoa numa farmácia topo de gama, fazem-nos um curativo xpto, com soro e gazes hidratantes e compressas de cetim e até o adesivo parece uma fita de seda daquelas de fazer lacinhos, e depois para isolar para poder ir à praia dizem-nos celofane de cozinha? celofane de cozinha?)