Quinta-feira, 30 de Novembro de 2006
RESTAURAÇÃO
(1 de Dezembro de 1640)
sinto-me: Independente
Quarta-feira, 29 de Novembro de 2006
sinto-me: HOUSE lover
Sugestão do Rui - Concerto de Balla
29 de Novembro 2006 - Teatro Maria Matos
Terça-feira, 28 de Novembro de 2006
UMA DAS SÉRIES FAVORITAS AQUI DA MENINA
sinto-me: Ah! Mr. Big, Mr. Big...
HÁ DIAS ASSIM!
sinto-me: amarrada como o garfield
Segunda-feira, 27 de Novembro de 2006
sinto-me: a ouvir algo que gosto
música: Toranja - Laços
STAR WARS - Exposição Oficial - Patente no Museu da Electricidade
sinto-me: um bocado yoda
Então não é que o nosso blog fez um mês na semana passada e ninguém deu por nada? É que isto é como um bebé nos primeiros tempos de vida, até se festejam as semanas... Que vergonha...
Aqui há umas semanas atrás dei uma vista de olhos por uma reportagem do Expresso em que o tema seguia mais ou menos estas linhas: considerando uma escala de felicidade e bem-estar de -10 a +10, tradicionalmente a psicologia procura devolver as pessoas a um ponto de equilibrio em volta do 0. Recentemente, algumas pessoas tem-se interrogado o porquê desta situação, porque não tentar situar as pessoas em volta do +3 ou +5 por exemplo?
Confesso que o artigo me deixou um bocado perplexo. Realmente, a ser possivel, parece-me que este novo ponto de vista é mais vantajoso. Claro que estamos sempre a falar de um ponto médio, porque é impossivel permanecer-mos sempre no mesmo ponto, mas já que temos que oscilar, porque não faze-lo em torno de um ponto mais positivo em vez de um ponto neutro? Será isso contra-natura? Será isso impossivel? Será isso querer demais?
música: Bugge Wesseltoft - Change
Domingo, 26 de Novembro de 2006
Acho que o meu único medo, o momento que me deixa sempre apreensivo, surge quando alguém diz "Posso?" e automaticamente apodera-se da minha caneta. Às vezes nem me dão tempo de dizer que não, não podem. De explicar essa regra sagrada das canetas de aparo: não se emprestam a ninguém.
Não sei de onde vem esta regra, mas provavelmente a melhor explicação será um dos pequenos pormenores que fazem a diferença entre estas canetas e as esferográficas - é que elas adaptam-se a nós. Ao longo do tempo, o seu aparo vai sendo moldado pela forma como escrevemos ao ponto de por vezes outras pessoas nem conseguirem tirar um pingo de tinta quando tentam escrever com elas - e depois resmungam, que não escrevem e etc.
Este medo já vem de longe, quase do inicio do tempo em que comecei a escrever com elas. Estava a meio do meu curso, no 3º ano se não me engano, e tinhamos um professor que nos marcou para o resto da vida, ainda hoje está patente na nossa vida, pelo menos na forma de falar - foi ele a origem do tão famoso "jovem", com que eu e o Rui nos chamamos um ao outro e que presenteamos às pessoas que vão entrando na nossa vida.
Nós também lhe demos uma coisa, fruto dos seus anos de juventude com que começou a dar-nos aulas - uma alcunha - o "Franjinhas", elogio ao seu longo cabelo, algo anormal num professor para a altura. Mas nem isso durou muito porque no ano a seguir lá adoptou um corte mais "respeitavel".
Mas estava eu a dizer, a mim deu-me mais qualquer coisa, deu-me este vicio de não emprestar as canetas. Antes dele não conhecia a regra, foi à custa de ele a repetir tanta vez que aprendi que não se emprestam as canetas permanentes.
E depois virou-se o feitiço contra o feiticeiro. Às tantas numa aula ele pede-me a caneta emprestada e eu com esta carinha singela de calma que tento fazer, mesmo quando estou aos saltos cá dentro, digo-lhe que não, não pode ser. Foi a risota geral do resto da turma - eramos poucos, mas bons.
No entanto, a necessidade de recusar o favor provoca em mim um sentimento de culpa, de vergonha, e é por isso que resolvi o assunto de uma forma simples. Já tinha uma Parker Sonnet verde que me foi oferecida pelos anos, e resolvi comprar a esferográfica do conjunto pelo Natal, de modo a poder declinar delicadamente o empréstimo da minha caneta permanente, mas logo de seguida retirar do bolso uma outra caneta que, essa sim, podia ser dispensada por momentos.
E assim, lá ando eu nesta vida quase sempre com duas canetas atrás - uma a pensar em mim, outra a pensar no outros.
Mudando de assunto para continuar a falar do mesmo, os Italianos têm um problema...
sinto-me: dentes de coelho
Quinta-feira, 23 de Novembro de 2006
Assustei-me, sobressaltei-me, fiquei incrédulo, agitado, nervoso, frenético. Pensei que te tinha perdido, procurei por todo o lado mas não te encontrei, tudo o resto perdeu significado. Onde estás que não te encontro?
Procurei por toda a casa e não te vi, pensei noutros sitios onde poderias estar mas já não consegui. O negrume abateu-se sobre o meu pensamento. Pensei o pior. Logo agora que tinha posto cá fora aquilo que eu sempre soube cá dentro. És a minha número 1. E por isso te procurei...
Antes não senti a tua falta, pensei que estavas sempre ali, à mão de semear, sempre disponivel. Nessa altura não te disse tudo o que sentia por ti, que eras especial, mas agora que o disse quis-te ver e apenas encontrei a tua ausência. Onde poderás estar? Pensas em mim?
No fundo, lá mesmo no fundo, não perdi a esperança... Não podias ter ido longe, o mundo é pequeno. Hei-de encontrar-te.
Logo hoje, que tenho um compromisso já marcado, a elevar a minha ânsia, a adiar a hora do nosso encontro. Como me custou a passar o tempo na sala de espera...
Mas agora, finalmente, encontro-te. No lugar onde te tinha deixado da última vez, no último sítio onde a minha esperança me dizia que te ia encontrar. Que alivio, que alegria, que explosão de lágrimas... Nunca mais te quero perder. No fundo nunca te tinha perdido, estiveste sempre na minha memória, sitio onde terás sempre lugar...
Olá minha número 1. Amo-te.
sinto-me: com olhos só para ti
Quarta-feira, 22 de Novembro de 2006
A perfeição só voltou a meio do curso quando comprei um caneta Rotring Rive, ainda consegui descobrir uma numa papelaria perdida em Odivelas, daquelas que a gente entra e está cheia de coisas antigas nas prateleiras, dossiers com anos amontoados no cimo dos armários, livros que parece que nunca ninguém abriu...
É uma caneta diferente de todas as outras que eu já vi, com um aspecto fantástico e mirabolante - preta, cilindrica, o corpo cheio de covinhas como as bolas de golfe, sempre pronta a rebolar em cima da mesa a caminho do chão. Quem no seu perfeito juizo se lembraria de criar uma caneta com este aspecto? E no entanto, assenta perfeitamente na minha mão, é proporcionada, o peso adequado, o aparo de aço caracteristico da Rotring, rijo mas escorregadio, sem dificuldades em fazer fluir a tinta, não me canso de escrever com ela. Quando me distraio até costumo encaixar o dedo na tampa e fico como que com uma unha à feiticeira dos filmes de fantasia. O pior é que depois também fico com o dedo sujo de tinta...
No meu top de canetas que possuo, está em primeiro lugar, é mesmo um sonho. E um sonho acessivel, baratinho. Isto até ter sido retirada do mercado, o que aconteceu passado pouco tempo, para nunca mais voltar.
Anos mais tarde, fiquei com medo de a perder, de se partir, de se estragar e iniciei uma procura por um segundo exemplar - procura não muito intensiva, mas que ainda assim durou uns anos. Nas papelarias e lojas de canetas por onde passava era impossivel encontrá-la. Quando viajava, se passava num centro comercial ou num armazém com canetas, ainda deitava um olho a ver se a via, mas sem sorte. Com a descoberta do ebay, fiz algumas procuras nos leilões, mas não estava fácil, havia muito poucos e não enviavam para Portugal. Até que finalmente fez-se luz! Quando e onde menos esperava.
Estava eu um dia no Tagus Park à porta da tabacaria à espera do Rui, já estava lá à uns minutos quando olho para a montra e após uns segundos como que se materializaram à minha frente. Um expositor que tinha umas 4 ou 5 Rotring Rive no meio de outras tantas canetas de outra marca. Apesar de na altura passar por lá quase diariamente, nunca as tinha visto antes, foi como que um milagre. Fiquei logo em pulgas, saltei para dentro da loja e já não descansei enquanto não me venderam todas elas. Umas eram rollerball e as outras era de aparo. Na pressa, não reparei mas um dos aparos estava dobrado, e as rollerball nem tinham cargas. Nunca escrevi com elas, mas o medo passou-me. Continuei sempre e continuo a usar a original. Sem medos.
Acho que o meu único medo, o momento que me deixa sempre apreensivo, surge quando...
E A AMIZADE É UMA DELAS
música: Alanis Morisette - THANK U
sinto-me: COM TANTO POR DIZER...
Terça-feira, 21 de Novembro de 2006
Para descontrair e ir aprendendo com os mestres essa fina arte de dialogar sem conversar aqui fica um excerto do DVD que estou a ver esta noite:
Zézé - Mas tu já viste, é pá, tamos carregados de uranianos, eslovacrios, molesdávios...
Tóni - Ovosmolios
Zézé - Crustácios
Tóni - É que tamos atafulhados de asiáticos até aos joelhos, pá!
Zézé - E esses gajos vem pa ai, trabalhar, trabalhar, trabalhar, trabalhar, trabalhar, trabalhar, trabalhar, trabalhar, trabalhar, trabalhar, trabalhar, trabalhar, trabalhar, trabalhar, trabalhar, trabalhar, trabalhar, trabalhar, trabalhar, trabalhar, trabalhar, trabalhar, trabalhar, trabalhar, trabalhar, trabalhar, trabalhar, trabalhar, trabalhar, trabalhar, trabalhar, trabalhar, trabalhar, trabalhar, trabalhar, trabalhar, trabalhar, trabalhar sem horários, sem descontos pa caixa, sem contratos de trabalho, parece que isto é tudo deles, oh caneco.
Zézé - armados em dótores
Tóni - É um abuzio, pá
Zézé - Tão não é
Tóni - Mas sabes porque é que isso acontece Zézé?
Zézé - Porque?
Tóni - Porque o português tipico é tipico tu mais eu, nós somos tolerantes, somos hospitalarios
Zézé - Não somos rácicos
Tóni - Nem xenofos...
Zézé - Nem pensar
Tóni - Isso então muito menos...
Zézé - Não é isso que eu quero dizer
Tóni - Não digas. Alguém te obriga?
Zézé - O que eu quero dizer é ca gente tanto mete um cirurgião russo a acartar baldes de cimento com um preto ... preto! ... a partir pedra.
Tóni - Ah pois Zézé, para nós é todos iguais, todos a trabalhar ... e o trabalho é bom pós coçovarios
Zézé - Até porque nós temos outras coisas para coçar
Tóni - Ah pois. Olha, eu para trabalhar só se for à comichão
Zézé - Mas eu por acaso digo-te uma coisa, dentro dessa coisa da da ra a ra a ra ... as racionalidades, eu curto mais é os angolanos e os brasileiros pá, que ao menos são portugueses, e trabalham como à nós
Tóni - Uelelé uelelé ... uelelé quando é!
Zézé - Agora essa malta do ex-leste tá tudo ilegal
Tóni - E para ilegais já bastamos nós que cá tamos
Zézé - Exastamenstes, para ilegais... o quê?
Tóni - O quê, o quê?
Zézé - O quê, o quê, o quê?
Tóni - O quê, o quê, o quê digo eu
Zézé - Porquê?
Tóni - Porque sim
Zézé - Porque sim não é resposta
Tóni - E o quê, é pergunta? Conversa da treta...
sinto-me: com sono, quase a ir dormir
Segunda-feira, 20 de Novembro de 2006
sinto-me: cheia de "gracinha"???
música: CATS - Jellicle Songs For Jellicle Cats
Tenho uma particularidade: se puder escolher, só escrevo com canetas de aparo. Daí que passe a vida a transportar canetas comigo de um lado para o outro. Tornei-me um coleccionador amador.
Tudo começou na escola secundária, acho que no 11º ou 12º ano ou assim. Comprei uma caneta daquelas baratas de plástico, acho que tinha um motivo da Façonnable ou Burberry ou qualquer coisa assim - comprei-a na papelaria que havia dentro da escola.
E durante umas semanas fiquei contente, adorei a caneta, e só escrevia com ela. Mas surgiu o primeiro problema, o primeiro momento de cobiça, de fascinio provocado por estes objectos simples - uma colega da minha turma na altura começou a interessar-se pela caneta e eu, claro, sempre disposto a agradar às mulheres, dei-lhe a caneta depois de fazermos um exame. Parvo, até porque eu não gostava da Nádia, gostava da Teresa, a colega de carteira dela.
Depois disto, fui a correr à papelaria comprar outra caneta igual, mas já não havia com o mesmo desenho, tive que escolher outra do mesmo fabrico mas com desenho diferente - nunca mais foi a mesma coisa, já não escrevia da mesma maneira.
Com a entrada na universidade, e cada vez mais viciado, apareceu a primeira Parker - uma coisa linda, com um aparo esculpido com umas curvas, corpo verde escuro com acentos dourados, ainda hoje a tenho e a uso - está neste momento em cima da minha mesa do escritório em casa. Mas também não me satisfazia completamente, tinha um traço muito largo, as palavras às vezes pareciam borrões com a pressa de tomar apontamentos. O que vale é que também não olhava muito para os apontamentos depois. O simples acto de escrever as notas era suficiente para interiorizar a matéria na minha cabeça. Ainda hoje sou capaz de decifrar os meus gatafunhos, não por perceber realmente o que escrevi, mas por me lembrar do que escrevi.
A perfeição só voltou a meio do curso quando...
sinto-me: Contador de histórias
Sexta-feira, 17 de Novembro de 2006
sinto-me: toda trocada de cansaço
música: "The Cranberries - Animal Instinct"
Quinta-feira, 16 de Novembro de 2006
"There was a boy,
a very strange enchanted boy
They say he wondered very far… very far…
Over land and sea…
A little shy sadden eyes…
But very wise, was he…
And then one day,
a magic day he passed my way...
And while we spoke of many things, fools and kings,
this he said to me:
“The greatest thing, you ever know, is just to love and be loved in return.”
sempre adorei estes versos
música: Your Song - Elton John
sinto-me: nicole kidman em Moulin Rouge
Quarta-feira, 15 de Novembro de 2006
Gosto do frio, não gosto do calor.
Gosto de ver a chuva, não gosto de andar à chuva.
Gosto de cobertores, não gosto de edredões.
Gosto de lareiras, não gosto de ventoinhas.
Gosto de luz, não gosto de estar ao sol.
O inverno está ai a chegar, esta semana já tivemos uns dias de frio e chuva, mesmo que misturados com autênticos periodos de verão com sol e calor.
Gosto do inverno. Ou melhor, gosto do frio, porque há algumas coisas no inverno de que não gosto. Com o frio, penso sempre que há uma solução, basta vestir mais qualquer coisa. Com o calor já não. Há um ponto em que já não temos mais nada para despir.
Não me lembro de ter grandes problemas para dormir no inverno, gosto de sentir o peso dos cobertores, de tremer de frio os primeiros segundos em que me meto na cama com os lençóis gelados, mas depois disso, é tudo bom.
Já no verão, não dá. Está sempre calor, não desaparece por muito que nós façamos. Agora até tenho ar condicionado, mas também é uma coisa que detesto, é dificil de acertar com a temperatura certa, o ar fica seco, se não fosse necessário não usava. E por muito que esperemos, o calor não vai embora.
O inverno deixa-me num estado pachorrento, com vontade de ficar mais tempo na cama, de não sair para a rua, de escrever estes textos sem fim, nem principio, nem grande sentido.
Viva o inverno.
sinto-me: a trabalhar
música: Ena Pá 2000 - Marilú