http://br.youtube.com/watch?v=z-_9QoRJQf8
... um sedutor capricorniano de 8 de Janeiro
(não que eu seja uma crente, mas agrada-me saber que as potencialidades astrológicas do REI e as minhas até podiam ser as mesmas)
Um dia destes entro com o R na Almedina do Saldanha.
Pergunta o R com um ar absolutamente distraído:
- Isto é uma livraria?
Respondo:
- Isto é a Almedina!
Pergunta o R com a cabeça completamente no ar:
- Mas é uma livraria?
Eu (penso LOL mas) respondo:
- Sim, coimbrense e vocacionalmente universitária, mas é uma livraria.
Pergunta o R espaventado á procura não sei de quê por uma fila de livros do técnicos do A ao C:
- Mas tem livros normais?
Eu (penso LOL mas) saio-me com:
- Sim tem livros normais, mas kamasutra é com K, não é com C.
Penso em como o R vai ficar amofinado com a minha resposta.
Penso LOL LOL.
Então é vê-lo com um olhos fulminantes na minha direcção, a esbracejar e a dizer-me “xxiiiuuu” não fosse eu começar para ali aos berros a gritar KAMASUTRA! como quem grita HARAKIRI!
E penso LOL LOL LOL.
O que dizer a um amigo que em vez de nos levar a almoçar fora, resolve cozinhar para nós e mostar a pequena mas bem gira remodelação de sua casa (entre a qual uma parede de sala vermelha).
E enquanto quebra um ovo diz: - Estás com boa cara.
E enquanto pica uns cogumelos frescos diz: - E estás óptima de corpo.
E acompanha o almoço com bons conselhos.
E na despedida após a trabalheira toda e com uma cozinha por arrumar pela frente ainda diz: - Temos que repetir mais vezes.
Juro que só me veio á cabeça... ah! pois temos ah! pois temos...
(e aqui fica também o meu agradecimento pelo almoço fantástico)
foi assim que acordei hoje...
com uma porcaria de uma dor de dentes, snif, snif...
(Hoje de manhã muito cedo.)
Pessoa extremamente querida e presistente e meio louca:
- Bom dia, onde estás e o que estás a fazer?
Eu (a abrir a boca e espreguiçar-me):
- Olha estou em casa a acabar de me vestir para ir trabalhar, que hora tão estranha para telefonares, está tudo bem?
Pessoa extremamente querida e presistente e meio louca:
- Sim sim, está. Não te preocupes...
Eu (a abrir a boca e espreguiçar-me):
- Mas passa-se alguma coisa para telefonares a esta hora?
Pessoa extremamente querida e presistente e meio louca:
- Não calma, não se passa nada. Estás sozinha? Podes abrir-me a porta?
Eu (completamente incrédula e completamente estúpida):
- Abrir a porta? Abrir a porta? Mas tu estás á minha porta a esta hora da manhã? Mas o que é que aconteceu?
Pessoa extremamente querida e presistente e meio louca:
- Nada, calma. O que aconteceu é que não te vejo há 8 meses, farto-me de telefonar e nunca arranjas tempo para tomar café nem almoçar nem jantar e estou farto disso e achei que esta era a única forma de te conseguir ver.
Eu (completamente incrédula e com ar de parva):
- Ah! Mas tu és maluco! Mas queres que te abra a porta?
Pessoa extremamente querida e presistente e meio louca:
- Claro, não vim a pé a subir não sei quantas ruas desde o parque de estacionamento a esta hora da manhã para ficar sem te ver outra vez e se não abrires a porta não te vejo. E despacha-te porque não saio daqui sem te ver nem sem combinar um café, almoço ou jantar.
(sugestão do R, obrigado R... estou a tentar...)
Primeiro esmorecer, depois esvanecer, depois desmaiar, depois morrer, por fim vou esquecê-lo.
A ele, este sentimento.
Qual?
Se contasse ficavam a saber mais que eu, verdade?
para caçar e brincar e estraçalhar
ou como a vida pode tornar-se enfadonha, ou a trampa da "depressão"...
e estes meninos são muito trabalhosos
e depois os biquinis é que encolhem...
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